Em mais uma operação na Cracolândia, polícia usa atiradores de elite e veículo blindado

Na quarta-feira 25, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse que as autoridades têm a situação 'sob controle'

Foto: Arquivo Pessoal

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A Polícia Civil deflagrou uma nova operação na região da Cracolândia, zona central da cidade de São Paulo, nesta sexta-feira 27. A ação conta com atiradores de elite, munidos de fuzis de alta precisão, posicionados em um veículo blindado, visto entre as esquinas da Rua Helvétia e da Avenida São João.

No começo de maio, os agentes retiraram os dependentes químicos da Praça Princesa Isabel, o epicentro da Cracolândia. O chamado ‘fluxo’ se desloca a cada investida dos policiais.

Segundo a Polícia, a incursão, que decorre da Operação Caronte, tem como objetivo prender traficantes que atuam na região. Nesta sexta, a operação conta com apoio da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana.

Na noite da quarta-feira 25, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse que as autoridades têm a situação da Cracolândia ‘sob controle’.

Na quinta 26, a deputada estadual Érica Malunguinho (PSOL) protocolou uma denúncia na Corte Interamericana de Direitos Humanos acusando o Brasil de violar a Convenção Americana de Direitos Humanos com as seguidas operações na Cracolândia.

Malunguinho apontou que as intervenções policiais e as operações de limpeza fazem com que o chamado ‘fluxo’ se espalhe por diversas regiões. Ela pede uma medida cautelar para determinar que o Estado proteja e assegure os direitos da população em situação de rua, especialmente a que vive na Cracolândia.


A denúncia cobra ainda a adoção de medidas para proteger a vida, a integridade pessoal e a saúde, além do direito à posse e à propriedade de bens e documentos pessoais.

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