CartaExpressa
Elba Ramalho: Comunistas estão por trás da pandemia para destruir cristãos
‘Somos o calo dos comunistas’, disse a artista, em vídeo
A cantora Elba Ramalho afirmou que a Covid-19 foi criada pelos “comunistas” para “destruir os cristãos”, durante uma entrevista disponibilizada nas redes sociais.
“Mas tudo bem. Estamos aqui, cristãos, sobrevivendo, e vamos sobreviver a essa turbulência que a humanidade está atravessando. Para muitas pessoas, é apenas uma pandemia. Para nós, o senhor sabe, eu sei, há muito mais coisa por trás dessa pandemia e que vem ainda com o intuito de nos destruir”, disse Elba. A gravação, compartilhada por uma usuária do Twitter nesta terça-feira 5, teve grande repercussão nas redes sociais.
“Nós somos o incômodo, o calo dos comunistas, somos nós cristãos. Mas nós somos também a resistência, e vamos permanecer fiéis, porque Deus vai nos proteger”, completou a cantora.
Eu ouvi direito? Elba Ramalho afirmando que o COVID é um plano do comunismo para perseguir os cristãos?. pic.twitter.com/rdvd2UWmcg
— Malu (@MariaLuizaQuar3) January 5, 2021
Em entrevista à revista Quem, Elba pediu desculpas e disse que foi mal interpretada. “Existia um contexto de cunho espiritual, as pessoas não entenderam! Sinto muito! Um grande mal entendido! Minhas sinceras desculpas”, justificou-se.
A cantora se envolveu em outra polêmica recente envolvendo a pandemia. Às vésperas do réveillon, a polícia encerrou uma festa realizada na sua casa em Trancoso, na Bahia. O imóvel estava alugado para turistas. O evento tinha ingressos comercializados e reuniu cerca de 500 pessoas.
Em sua rede social, Elba disse que não estava na festa, mas sim em uma missa na Igreja São João Batista. A cantora alegou que sua casa estava alugada entre 25 de dezembro e 4 de janeiro. Já ela havia se hospedado em um hotel. “Eu não sabia que a casa estava tendo uma festa”, afirmou. A cantora prometeu processar os organizadores.
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.