O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) insistiu nesta terça-feira 5 na violência contra a jornalista Miriam Leitão, do Grupo Globo, vítima de tortura na ditadura militar.
Dias antes, o filho de Jair Bolsonaro disse ter “pena da cobra”, em referência ao episódio em que Miriam foi trancada em uma sala com uma jiboia por agentes da repressão, enquanto estava grávida de um mês.
“A Miriam Leitão certamente não se sentiu ofendida. Ela só tem a palavra dela dizendo que ela foi vítima de uma tortura psicológica, quando foi jogada dentro de uma cela junto com uma cobra. Eu já fico mais com a pulga atrás da orelha”, disse nesta terça o parlamentar de extrema-direita a um canal bolsonarista no YouTube. “Você não tem um vídeo, você não tem outras testemunhas. Você não tem uma prova documental. Você não tem absolutamente nada.”
Na segunda-feira 4, o PSOL e a Rede Sustentabilidade apresentaram ao Conselho de Ética da Câmara um pedido de cassação de Eduardo após o ataque contra Miriam. As legendas descreveram a declaração como “abjeta, repugnante e criminosa”.
No mesmo dia, o PT protocolou uma representação no Conselho de Ética contra Eduardo por “apologia à tortura”.
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