O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) insistiu nesta quarta-feira 27 na violência contra a jornalista Miriam Leitão, do Grupo Globo, vítima de tortura na ditadura militar.
Durante sessão do Conselho de Ética da Câmara, o filho de Jair Bolsonaro defendeu sua “piada” ao dizer ter “pena da cobra” – uma referência ao episódio em que Miriam foi trancada em uma sala com uma jiboia por agentes da repressão, enquanto estava grávida de um mês.
“A Miriam Leitão se diz torturada, assim como todas as pessoas que estão nos presídios dizem que foram torturadas por policiais”, discursou Eduardo nesta quarta. “Ela, tendo como única prova o depoimento dela, eu tenho que ser obrigado a acreditar na versão dela, eu não posso sequer fazer uma piada.”
No início deste mês, o PSOL e a Rede Sustentabilidade apresentaram ao Conselho de Ética da Câmara um pedido de cassação de Eduardo após o ataque contra Miriam. As legendas descreveram a declaração como “abjeta, repugnante e criminosa”.
No mesmo dia, o PT protocolou uma representação no Conselho de Ética contra Eduardo por “apologia à tortura”.
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