É nítido que Doria coloca um projeto pessoal acima de um projeto para o Brasil, diz Leite

'Não tem como dizer que essa pretensão pessoal esteja devidamente medida', avalia o governador gaúcho

Eduardo Leite e João Doria. Fotos: Felipe Della Valle/AFP e Valter Campanato/Agência Brasil

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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, elevou o tom das críticas ao governador de São Paulo, João Doria, com quem disputará no próximo domingo 21 as prévias que definirão o candidato do PSDB à Presidência em 2022. Também está no páreo o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio.

“É nítido que o governador João Doria coloca um projeto pessoal acima de um projeto partidário ou para o Brasil. Não tem como dizer que essa pretensão pessoal esteja devidamente medida”, disparou Leite em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo nesta quarta-feira 17. “Isso é percebido pelos outros partidos. Se há unanimidade, é porque algo há. As pessoas olham com certa desconfiança. Isso pode ter dado a ele muitos ganhos na vida empresarial, mas na política a lógica é diferente.”

Apesar disso, o gaúcho diz acreditar na possibilidade de união do PSDB mesmo após as prévias. Segundo ele, o enfrentamento é “próprio do processo eleitoral” e, em uma disputa, “você ressalta as diferenças, não as semelhanças”.

Na terça 16, uma reunião da direção do PSDB manteve a data de 21 de novembro para as prévias. O encontro foi motivado por uma troca de acusações entre as campanhas de Leite e Doria sobre um pedido de adiamento feito por aliados do gaúcho.

No centro da polêmica está o aplicativo desenvolvido pelo partido para que os filiados sem mandato possam votar. Na noite da segunda 15, o deputado federal Jutahy Júnior (BA), aliado de Leite, pediu o adiamento diante de coordenadores da campanha de Doria, que reagiram. Segundo Jutahy, há falhas no aplicativo, que foi desenvolvido especialmente para o processo pela Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A disputa, no entanto, está confirmada.


 

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