Doria: Lula é inteligente e tem passado. Já Bolsonaro não merece o meu respeito

Ex-governador de São Paulo não iguala o petista ao atual presidente e diz que foi enganado pelo ex-capitão

Bolsonaro, Lula e Doria

Apoie Siga-nos no

O pré-candidato à presidência pelo PSDB, João Doria, afirmou que se sentiu engado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e, por isso, não o respeita. Em entrevista ao Valor Econômico, publicada nesta quarta-feira 27, o tucano ainda fez questão de diferenciar o ex-capitão de Lula (PT).

“Embora eu seja um antagonista ao Lula, eu o respeito. O Lula não é Bolsonaro, o Lula é inteligente e tem passado. Eu tenho posições diferentes das dele, mas tenho respeito por ele”, disse o ex-governador de São Paulo. “Já Bolsonaro não merece o meu respeito. Eu sou um liberal social”.

Na entrevista, Doria apontou a aliança do presidente com o Centrão e o abandono das pautas liberais como os principais motivos para se sentir traído.

“Como eu, milhões de brasileiros acreditaram em Jair Bolsonaro, acreditamos que sua proposta era liberal, transformadora para o Brasil, de combate à corrupção, contrária à reeleição”, declarou. “E tem mais: ele se posicionava contra o Centrão. Fomos enganados”.

O tucano ainda disse acreditar na possibilidade de um candidato da chamada Terceira Via vencer a eleição de outubro “porque ainda há 44% de eleitores que não tomaram sua decisão”.

“Entre eles, neste momento estão aqueles que estão optando pelo ‘menos ruim’, de um lado [Lula] ou de outro [Bolsonaro]”, avalia.” Estes eleitores são os que vão aderir a um nome que possa representar uma alternativa aos dois extremos”.


Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.