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Dono da Precisa movimentou 80 vezes mais do que declarou receber, diz Receita
O órgão enviou um relatório à CPI da Covid que amplia as suspeitas sobre a intermediária da negociação pela Covaxin
Um documento enviado pela Receita Federal à CPI da Covid indica que o empresário Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, movimentou 3,9 milhões de reais em 2020, valor 80 vezes superior aos 48,5 mil reais que ele declarou ter recebido da Global Gestão em Saúde, que pertence ao mesmo grupo. Essa seria a única fonte de renda de Maximiano.
A Precisa entrou na mira da CPI da Covid por intermediar a compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin pelo governo de Jair Bolsonaro O imunizante, produzido pelo laboratório indiano Bharat Biotech, custaria 1,6 bilhão de reais. Após denúncias de irregularidades, o contrato foi suspenso.
O relatório da Receita, sigiloso, já está nas mãos de senadores da CPI e foi obtido pelo jornal O Globo. Segundo o veículo, o órgão também aponta inconsistências nos gastos com cartão de crédito e indica empresas e aplicações financeiras não declaradas.
Maximiano só mencionou, em sua declaração, os rendimentos de uma companhia. Mas, de acordo com a Receita, ele tem participação em cinco empresas: Frasdec Assessoria Consultoria, 6M Participações, Primares Holding Participações, Precisa Medicamentos e BSF Gestão Saúde (ou Global Gestão em Saúde).
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