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Dom Odilo rebate insinuações de bolsonaristas sobre a Igreja Católica: ‘Pura fantasia’
Segundo o arcebispo de São Paulo, os ataques de apoiadores do ex-presidente se intensificaram com a vitória de Lula
O arcebispo de São Paulo, cardeal dom Odilo Pedro Scherer, tem rebatido mensagens publicadas nas redes sociais que tentam associar a Igreja Católica e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil ao comunismo, ao Foro de São Paulo até à defesa do aborto.
Em entrevista ao Estadão, o arcebispo afirmou que os ataques, protagonizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, foram iniciados ainda no período das eleições e se intensificaram com a eleição de Lula e a posse do presidente, realizada no domingo 1. Scherer disse ainda que tem evitado responder às insinuações publicamente, ‘mas, algumas vezes, há ataques à Igreja em geral, ao Santo Padre – o papa -, à CNBB, com argumentos totalmente absurdos, totalmente malévolos. Então respondo algumas vezes”, disse Scherer.
No dia 29 de dezembro, o arcebispo registrou em suas redes: “A CNBB nada tem a ver com o Foro de São Paulo. Pura fantasia de quem o afirma!”.
A CNBB nada tem a ver com o Foro de São Paulo. Pura fantasia de quem o afirma!
— Dom Odilo Scherer (@DomOdiloScherer) December 29, 2022
No mesmo dia, rebateu uma usuária que afirmava que a CNN teria sido criada pelos russos. ‘Em que galáxia surfamos?’, questionou o arcebispo.
E como é essa agora: “CNBB criada pelos russos”??? Em que galáxia surfamos?!
— Dom Odilo Scherer (@DomOdiloScherer) December 29, 2022
Ainda durante a entrevista, o arcebispo frisou que as publicações não partem de argumentos válidos, uma vez que não há uma tomada de partido pela Igreja em relação aos temas. “A questão básica está em, sem nenhum argumento, atribuir ao papa, à CNBB, a mim e à Igreja Católica em geral o epíteto de comunista, de abortista também”, afirmou.
“São uma série de impropérios que não têm nenhum sentido e que, tenho a impressão, estão dentro de uma certa postura de revanche raivosa. Estão precisando achar alguém da derrota [de Bolsonaro] ou da vitória do presidente Lula”, acrescentou Scherer.
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