Disputa entre militares e Centrão na Saúde vira alvo da CPI da Covid

Senadores defendem convocações de Walter Braga Netto e Luiz Eduardo Ramos para esclarecimentos

O senador Alessandro Vieira. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Apoie Siga-nos no

Senadores já falam abertamente em convocar militares para prestarem depoimento na CPI da Covid, que investiga as ações e omissões do governo federal durante a pandemia. Os alvos já foram definidos: ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e o ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.

Nesta terça-feira 13, o relator da Comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que é “fundamental” as convocações para o avanço dos trabalhos do colegiado.

Logo após, em conversa com CartaCapital, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) reforçou que os ministros têm o que explicar. O parlamentar, que é suplente da CPI, é autor de requerimento que pede a convocação de ambos.

“Eles estão inseridos na cadeia de comando e na tomada de decisões referentes à pandemia. De forma direta e indireta atuaram em todo esse processo”, diz o senador.

Para ele, os depoimentos de Braga Netto e de Ramos poderão ajudar a esclarecer se existia, no Ministério da Saúde, uma queda de braço entre o Centrão e os militares. “Parece claro que havia uma disputa pelo espaço político”.

Sobre a nota das Forças Armadas contra o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), Vieira trata como um reforço da ” necessidade de um trabalho consistente e articulado” por parte dos senadores e que “ninguém pode aceitar esse tipo de pressão ou questionamento quando se coloca uma possibilidade de predomínio da força e não da Constituição”.


Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.