CartaExpressa
Diretores omitiram informações sobre dívidas, alega Americanas
Relatórios mostravam grau de endividamento financeiro muito menor do que se descobriu depois
A Americanas protocolou nesta segunda-feira 18 uma nova manifestação ao processo de Produção Antecipada de Provas movido pelo Bradesco. No documento, a empresa afirma que a antiga diretoria omitia informações sobre a existência de Risco Sacado.
Uma delas é uma planilha, anexada ao processo, que foi levada pela antiga Diretoria ao Comitê Financeiro em novembro de 2022. Segundo o relatório, ela escondia o volume real das dívidas existentes com os bancos.
Nesta planilha, o grau de endividamento financeiro bruto era muito menor do que se descobriu: perto de R$ 17 bilhões no final de 2022 e com projeção de queda para os anos seguintes.
Após a revelação do ex-CEO Sergio Rial sobre o rombo na empresa, a dívida total da Americanas foi estimada em R$ 40 bilhões, com as inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões.
No caso do Bradesco, segundo a empresa, o endividamento informado nesta planilha era de cerca de R$ 989 milhões, enquanto a dívida do Banco, equivale a cerca de R$ 5 bilhões.
Relacionadas
CartaExpressa
TRE do Paraná não afastará desembargadora que já apareceu em foto com Moro
Por CartaCapitalCartaExpressa
CVM instaura processo para investigar notícias sobre a Petrobras
Por CartaCapitalCartaExpressa
Governo inaugura nova fábrica da Hemobras em Pernambuco, com foco em biotecnologia
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.