CartaExpressa
Diplomatas brasileiros se retiram antes de Netanyahu discursar em Assembleia da ONU
A recomendação foi dada pelo Itamaraty como protesto pela morte de dois brasileiros no Líbano, devido aos ataques de Israel, e pela crise humanitária na Faixa de Gaza
Diplomatas que integram a missão brasileira na Organização das Nações Unidas (ONU) não acompanharam o discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante a Assembleia Geral da ONU nesta sexta-feira 27.
Por determinação do Itamaraty, a comitiva brasileira se retirou antes de que Netanyahu fosse chamado ao plenário, como forma de protesto. O Brasil costuma acompanhar os discursos de outros presidentes no plenário da Assembleia.
O Itamaraty confirmou o pedido e disse que a manifestação se deu como protesto pela morte de dois brasileiros no Líbano, devido aos ataques de Israel, e pela crise humanitária na Faixa de Gaza.
Além do Brasil, outras delegações diplomáticas que participavam da Assembleia Geral também deixaram o local assim que Netanyahu entrou. O presidente da assembleia chegou a pedir ordem enquanto líderes se levantavam, davam as costas e se retiravam do local.
Em seu discurso, o primeiro-ministro disse que Israel está vencendo a guerra e que busca a paz, mas que enfrentará inimigos como o Irã até o final.
CartaCapital
Há 30 anos, a principal referência em jornalismo progressista no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Netanyahu nega trégua e Israel bombardeia QG do Hezbollah; Líbano fala em ‘guerra genocida’
Por AFP
Itamaraty confirma a morte de mais uma adolescente brasileira no Líbano
Por CartaCapital
Trump promete a Zelensky resolver a guerra na Ucrânia se vencer as eleições
Por AFP