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Deputados de partido da direita espanhola dizem ter sido expulsos da Venezuela
O PP, no entanto, já teria sido informado de que a delegação não foi autorizada a acompanhar a eleição, diz agência


Um partido de direita da Espanha afirmou, na noite desta sexta-feira 26, que uma delegação de parlamentares enviada à Venezuela para acompanhar a eleição presidencial do próximo domingo 28 foi retida no aeroporto de Caracas e logo depois expulsa do país.
O presidente Nicolás Maduro busca seu terceiro mandato, que pode levar o chavismo a mais de 30 anos no poder na Venezuela. Seu principal adversário é Edmundo González, apoiado pela líder oposicionista María Corina Machado, impedida pela Justiça de concorrer.
O grupo do Partido Popular barrado no aeroporto era formado por 10 deputados, senadores e integrantes do Parlamento Europeu, segundo o líder da legenda, Alberto Núñez Feijóo.
Pouco depois, o porta-voz parlamentar do PP, Miguel Tellado, membro da delegação, relatou em um vídeo que os parlamentares foram expulsos da Venezuela.
Fontes do Ministério de Relações Exteriores disseram à agência AFP, no entanto, que o PP já havia sido avisado de que as autoridades venezuelanas negaram seu pedido para observar as eleições.
Tellado declarou que a delegação do partido conservador viajou à Venezuela a convite de González e de Corina Machado.
Também nesta sexta, de acordo com o governo do Panamá, autoridades da Venezuela impediram que um grupo de ex-presidentes latino-americanos viajasse a Caracas, onde eles pretendiam observar o pleito.
Estão na lista Miguel Ángel Rodríguez (Costa Rica), Jorge Quiroga (Bolívia), Vicente Fox (México) e Mireya Moscoso (Panamá), todos integrantes da Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas.
(Com informações da AFP)
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