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Deputados articulam na CPMI quebras de sigilo e retenção de passaportes de Bolsonaro e Michelle
Após escândalo de operação da PF, parlamentares da base de Lula querem votação de requerimentos na terça-feira 15
Deputados da base do governo Lula (PT) na CPMI do 8 de Janeiro atuam pela votação, na próxima terça-feira 15, de requerimentos que pedem quebras de sigilo e retenção de passaportes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Os requerimentos são de autoria dos deputados Rogério Correia (PT-MG) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e já foram apresentados à CPMI. A mobilização na CPMI se dá na esteira da operação da Polícia Federal contra auxiliares de Bolsonaro no caso das joias, realizada nesta sexta-feira 11.
Um dos requerimentos de Correia pede a quebra de sigilo bancário de Bolsonaro entre 30 de outubro de 2022 e 10 de janeiro de 2023, período que compreende a eleição presidencial e os ataques golpistas em Brasília. Outra solicitação pleiteia a quebra de sigilo telefônico e telemático do ex-presidente.
Jandira, por sua vez, tem requerimentos que pedem a quebra de sigilo bancário de Michelle e informações acerca do relatório de inteligência a partir do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf.
A própria Polícia Federal já solicitou quebras de sigilo bancário e fiscal de Bolsonaro.
Nesta sexta, eles apresentaram ao Supremo Tribunal Federal uma ação para confiscar os passaportes de Bolsonaro e Michelle e um requerimento à CPMI para que solicite a medida à Corte.
À reportagem, Correia afirmou que a operação da PF amplia as atenções sobre Bolsonaro na Comissão.
“Agora, a CPMI ganha um foco maior no mentor principal de tudo, que foi Jair Bolsonaro”, declarou o petista. “Nós já temos elementos, na minha opinião, para indiciar o ex-presidente.”
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