Bastaram 25 dias de mandato para o presidente Lula (PT) ser alvo do primeiro pedido de impeachment. Sem surpresas, a iniciativa partiu de um correligionário de Jair Bolsonaro, o deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS).
Enquanto o ex-capitão continua nos Estados Unidos, sua tropa de choque no Congresso Nacional decidiu fustigar o petista. O movimento foi amplificado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que celebrou o pedido de impedimento.
Sanderson alega que Lula teria cometido crime de responsabilidade ao chamar de golpe o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT). Diz o bolsonarista que o presidente “ataca, de forma raivosa, abjeta e contrária à verdade, a democracia brasileira”. Ao endossar a abertura de um processo, Eduardo emendou: “Não vamos dar descanso”.
Durante agenda no Uruguai na quarta 25, Lula afirmou ter recebido um país “semidestruído” em 2003 e deixado o Brasil como a sexta maior economia do mundo ao fim de de seus dois primeiros mandatos.
“O Brasil não tinha mais fome quando deixei a Presidência e hoje temos 33 milhões de pessoas passando fome. Isso significa que tudo que fiz de política social durante 13 anos de governo foi destruído em sete anos. Três do golpista Michel Temer e quatro do governo Bolsonaro. Por isso o tema do meu governo é ‘União e Reconstrução’”, disse em Montevidéu.
Na segunda 23, em compromisso em Buenos Aires, Lula já havia definido o impeachment de Dilma como um “golpe de Estado”.
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