No primeiro trimestre de 2023, o número de boletins de ocorrência denunciando crimes raciais aumentou 720% na capital paulista e no estado, a taxa cresceu 408%, em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados foram disponibilizados à TV Globo, através da Lei de Acesso à Informação.
Ao todo, foram 279 casos registrados na cidade de São Paulo, e 656 casos a nível estadual.
Para o comando da 2ª Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Raciais, contra a Diversidade Sexual e de Gênero e outros Delitos de Intolerância de São Paulo, o volume de registro está relacionado com o incentivo à denúncia dos delitos e o reforço na legislação.
Em janeiro, o presidente Lula (PT) sancionou uma lei que equipara os crimes de racismo e injúria racial, aumentando a pena de injúria para de dois a cinco anos de prisão e tornando o crime inafiançável e imprescritível.
O incentivo a punição também é visto nos casos envolvendo grandes empresas, como a rede Carrefour, ao qual, seus seguranças agrediram um casal negro. Após o episódio, a empresa exigiu que os agentes usem câmeras, chamadas bodycams, para diminuir a incidência dos casos.
O modelo já é usado pela polícia paulista, que registrou queda no nível de letalidade policial após a medida. A mesma foi incentivada pelo Ministério da Justiça, e recentemente aplicada na Polícia Rodoviária Federal.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login