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Deltan depõe à PF após acusações sem provas contra ministros do TSE
O ex-procurador ligou a decisão da Corte a uma suposta articulação para ocupar vagas no STF
O deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) prestou um depoimento nesta segunda-feira 5 à Polícia Federal. Ele foi intimado após fazer graves acusações contra ministros do Tribunal Superior Eleitoral.
A assessoria do ex-procurador da Lava Jato afirmou que a oitiva durou cerca de uma hora e meia e que ele respondeu a todas as perguntas, mas não forneceu detalhes.
No final de maio, Deltan declarou, sem provas, que o relator da cassação de seu mandato no TSE, Benedito Gonçalves, e os demais ministros teriam articulado o resultado em troca de uma possível vaga no Supremo Tribunal Federal.
“O ponto de partida são as duas vagas que estão abertas para serem preenchidas no STF, ambicionadas por ministros que estavam lá [no TSE], seja para ocupá-las, seja para indicar quem as ocupasse”, afirmou Deltan, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
Segundo a tese vencedora no TSE, uma “manobra” de Deltan para deixar o Ministério Público Federal e se candidatar à Câmara “impediu que os 15 procedimentos administrativos em trâmite no CNMP em seu desfavor viessem a gerar processos administrativos disciplinares, que poderiam ensejar pena de aposentadoria compulsória ou perda do cargo”.
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