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Delação de Cid trará ‘luz completa sobre terríveis episódios’ que culminaram no 8 de Janeiro, diz Dino
Ministro da Justiça e Segurança Pública acredita que material fornecido pelo ex-ajudante de ordens será fundamental, uma vez que ele ocupava lugar estratégico no governo Bolsonaro
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, acredita que a delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é “um passo fundamental na investigação” sobre os casos nos quais Cid está implicado, a exemplo do suposto esquema de venda de itens presidenciais e das articulações sobre uma tentativa de golpe de Estado. A declaração foi dada durante uma conversa com jornalistas, nesta quarta-feira 13, em Brasília (DF).
Dino reconheceu que a delação premiada é “um meio legítimo de produção de provas”. Para ele, Cid “é uma pessoa que tinha todas as condições de prestar esclarecimentos fundamentais, uma vez que ele ocupava um lugar estratégico […] no governo Bolsonaro”.
A avaliação do tema vai de encontro com a tese defendida, mais cedo, pelo ex-capitão. Bolsonaro, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, tentou sustentar a posição de que Mauro Cid não teria condições de fornecer informações acerca das decisões políticas de seu governo por ser um mero secretário.
Dino, apesar da avaliação pessoal sobre o tema, evitou explicar qual seria a expectativa do governo federal sobre a delação de Cid e os impactos do material sobre os casos que envolvem Bolsonaro. A opção, justifica, é porque a condução da delação é feita por órgãos independentes.
Pessoalmente, porém, Dino reforçou a crença de que “o início dos julgamentos e o avançar natural das investigações” podem trazer “luz completa sobre os terríveis episódios que vieram antes da eleição e culminaram na tentativa golpista de 8 de Janeiro“.
Esse é o segundo comentário do ministro sobre a delação. No início da semana, Dino apontou a ‘seriedade’ e ‘profissionalismo’ da PF no caso.
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