CartaExpressa

Defesa de Bolsonaro diz que ele não vai ficar em silêncio em interrogatório sobre trama golpista

No Brasil, réus têm direito a permanecerem calados durante depoimentos

Defesa de Bolsonaro diz que ele não vai ficar em silêncio em interrogatório sobre trama golpista
Defesa de Bolsonaro diz que ele não vai ficar em silêncio em interrogatório sobre trama golpista
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Gustavo Moreno/STF
Apoie Siga-nos no

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse ao canal CNN Brasil que ele não vai ficar em silêncio durante o interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF), no processo sobre a trama golpista. Se ele mudar de ideia, porém, poderá deixar de falar.

Bolsonaro – assim como qualquer réu, em qualquer processo – pode escolher não responder às perguntas em interrogatórios. O direito ao silêncio é entendido também como a garantia à não autoincriminação. Em outras palavras, evita que os réus gerem provas contra eles mesmos.

O artigo 186 do Código de Processo Penal deixa claro: “o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem formuladas”.

“O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa”, destaca o texto em seu Parágrafo Único.

Em outro artigo, o de número 198, o Código de Processo Penal destaca: “O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá constituir elemento para a formação do convencimento do juiz”.

O depoimento de Bolsonaro está previsto para esta semana como parte de uma série de oitivas que miram o núcleo 1 da trama. Ele será o sexto interrogado – em um grupo de oito pessoas – em sessões que iniciam nesta segunda-feira 9 e vão até a próxima sexta-feira 13.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo