O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), classificou como “pertinente” a declaração do presidente Lula (PT) sobre os ataques de Israel na Faixa de Gaza.
Trata-se, segundo o chefe da equipe econômica do governo, de um “grito de socorro”, embora seja possível discutir “uma palavra ou outra do discurso do presidente”. A avaliação ocorreu durante entrevista à GloboNews, a ser exibida na noite desta quarta-feira 21.
“Não podemos ficar indiferentes ao que está acontecendo, que é muito grave”, disse o ministro. “Eu não gostaria de sair da essência, que é buscar a solução para aquele problema, de preferência com dois Estados, como está previsto na resolução das Nações Unidas.”
No domingo 18, durante passagem por Adis Adeba, na Etiópia, Lula afirmou: “É importante lembrar que em 2010 o Brasil foi o primeiro país a reconhecer o Estado palestino. É preciso parar de ser pequeno quando a gente tem que ser grande. O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”.
Desde então, o governo de Israel reagiu em um tom que gerou indignação no Itamaraty. Após uma sequência de acusações publicadas pela gestão de Benjamin Netanyahu, o chanceler Mauro Vieira afirmou que Tel Aviv escreveu uma “vergonhosa página” ao atacar Lula “com recurso a linguagem chula e irresponsável”. O ministro classificou como “algo insólito e revoltante” a conduta israelense.
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