CartaExpressa

Decisão que barra Eduardo na liderança da Minoria é estritamente técnica, diz Hugo Motta

Bolsonaristas desejavam usar o cargo para salvar o deputado de uma possível cassação por excesso de faltas

Decisão que barra Eduardo na liderança da Minoria é estritamente técnica, diz Hugo Motta
Decisão que barra Eduardo na liderança da Minoria é estritamente técnica, diz Hugo Motta
Eduardo Bolsonaro é alvo de pelo menos 4 pedidos de cassação na Câmara. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Apoie Siga-nos no

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta terça-feira 23 que a decisão de barrar a indicação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) à liderança da Minoria foi estritamente técnica. O plano bolsonarista era usar o cargo para salvar o parlamentar de uma possível cassação por excesso de faltas.

Em entrevista coletiva, Motta declarou ter seguido o parecer da Secretaria-Geral da Mesa, a apontar a impossibilidade de exercício do mandato em outro país. Não há qualquer precedente a autorizar a manobra, indicou.

“O deputado Eduardo Bolsonaro não está em território nacional”, enfatizou o presidente. Ele acrescentou que a Câmara sequer foi comunicada previamente sobre a viagem do deputado. “Então, por esse critério técnico, é incompatível a sua assunção à liderança da Minoria aqui na Câmara dos Deputados. É uma regra que vale para o deputado Bolsonaro e vale para todos os deputados, inclusive para mim.”

Também nesta terça, o Conselho de Ética da Câmara instaurou um processo disciplinar que pode resultar na cassação do mandato de Eduardo. A representação, protocolada pelo PT, mira os atos do filho de Jair Bolsonaro (PL) nos Estados Unidos, de onde articula sanções contra o Brasil e autoridades brasileiras.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo