Delegados da Polícia Federal avaliam a ação desta quarta-feira 15 contra o presidenciável Ciro Gomes (PDT) como “lavajatista”. Diante da repercussão do episódio, dirigentes da corporação decidiram barrar uma entrevista coletiva que, tradicionalmente, é concedida após operações do tipo. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com o veículo, há uma divisão na cúpula da PF. Uma das partes avalia que, em vez de buscas na residência de Ciro, outras medidas poderiam ter sido adotadas, como as quebras dos sigilos bancário e fiscal.
Ciro reagiu à ação da PF. Segundo ele, uma parcela da corporação se rendeu ao presidente Jair Bolsonaro, a fim de “proteger os ladrões da família”. O pedetista criticou diretamente o diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, “um medíocre que nunca foi sequer superintendente e vai [ao cargo] pelas razões de ser compadre e amigo dos filhos do Bolsonaro”.
“Estou sendo vítima de uma grande arbitrariedade. A intenção é me constranger, calar a minha boca e abater a minha disposição de oferecer ao Brasil uma proposta que começa por dizer que o País não pode mais contemporizar com a corrupção. A intenção é me igualar com esse bando de picaretas que infernizaram a vida brasileira”, disse Ciro em entrevista à GloboNews.
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