A cúpula da CPI da Covid reforçou nesta segunda-feira 22 o descontentamento com o procurador-geral da República, Augusto Aras, que tende a ser convocado para prestar esclarecimentos.
No centro das críticas está a postura de Aras sobre o relatório aprovado pela CPI. Cabe à PGR o eventual oferecimento de denúncia contra pessoas com prerrogativa de foro mencionadas no documento, como o presidente Jair Bolsonaro e ministros de Estado.
Em outubro, a PGR determinou a abertura de um processo preliminar para apurar os crimes imputados a Bolsonaro e outros 12 políticos. Segundo os senadores, entretanto, a atitude não é suficiente.
“Até o fim da semana, essa convocação será votada em várias comissões do Senado, para que o PGR lá compareça”, disse o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a jornalistas, em Manaus (AM). “Nós esperamos que, até o fim desse prazo, o PGR nos dê uma satisfação além de ‘investigação preliminar’. Nós fizemos mais do que isso, e não é aceitável que a instituição a que cabe dar cabo à investigação tome qualquer tipo de medida protelatória.”
Randolfe e o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), entregaram nesta segunda o relatório da comissão ao Ministério Público do Amazonas e ao Ministério Público Federal no estado.
Segundo Aziz, “investigação preliminar é um artifício usado por quem não quer dar cabo das investigações corretamente”.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login