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Atrás nas pesquisas, Cristina Graeml sugere apoio a protestos em caso de derrota e defende voto impresso
Em sabatina, a candidata à prefeitura de Curitiba evocou a ‘liberdade de manifestação’ e disse serem ‘legítimas’ as dúvidas à integridade das urnas


A candidata à prefeitura de Curitiba, Cristina Graeml (PMB), declarou que aceitará o resultado das urnas eleitorais mas ponderou que, em caso de derrota, seus eleitores insatisfeitos têm o direito de se manifestar aos moldes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que, em 2022, ficaram na frente de quartéis pelo País.
“Vou dizer para que atuem de forma pacífica, mas eles têm todo o direito à livre manifestação. Isso está garantido na nossa Constituição e sou defensora das nossas liberdades”, disse, nesta quarta-feira 23, durante sabatina promovida pelo UOL e pela Folha de S. Paulo.
“Eu sou defensora da liberdade de expressão, da liberdade de manifestação com respeito à ordem, com respeito ao patrimônio público, com respeito às pessoas”, completou ela, emendando um mea culpa em relação aos condenados pelo 8 de Janeiro. “Defendo veementemente que os vândalos dos prédios públicos do 8 de janeiro sejam identificados e punidos pelo crime que cometeram, vandalismo.”
Graeml também defendeu o voto impresso, alegando falta de transparência no sistema eleitoral. “O povo tem o direito de ter acesso à área de TI [Tecnologia da Informação], ao código-fonte, a uma transparência maior”, disse. “Os questionamentos de parte do eleitorado são legítimos”.
As pesquisas eleitorais mostram um cenário disputado no segundo turno, com Eduardo Pimentel (PSD) liderando em alguns levantamentos e, em outros, em empate técnico com Cristina. No primeiro turno, ela obteve 31,17% dos votos (291.523), enquanto Pimentel ficou com 33,51% (313.347).
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