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Cremesp proíbe a entrada de políticos em áreas privativas da medicina e estimula denúncias

Em Minas Gerais, um idoso veio a óbito depois que o vereador Wladimir Canuto (Avante) invadiu a Sala Vermelha de uma Unidade Básica de Saúde

Cremesp proíbe a entrada de políticos em áreas privativas da medicina e estimula denúncias
Cremesp proíbe a entrada de políticos em áreas privativas da medicina e estimula denúncias
Sede do Cremesp. Créditos: Google Maps
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O Conselho Regional Medicina de São Paulo encaminhou uma circular aos responsáveis técnicos dos serviços de saúde proibindo a entrada de políticos em áreas privativas da medicina.

A orientação é para que, diante desses casos, os profissionais acionem a Polícia Militar e o Cremesp, e registrem boletim de ocorrência na delegacia. O órgão também forneceu um número de WhatsApp para encaminhar as denúncias com plantão de 24 horas.

Em um vídeo divulgados nas redes sociais, o coordenador do departamento de fiscalização do Cremesp, o médico pneumologista Roberto Rodrigues Júnior, afirmou que o órgão vem enfrentando diversos casos de parlamentares que estão invadindo unidades de saúde e constrangendo médicos e pacientes, além de publicarem conteúdos sensacionalistas nas redes sociais.

O especialista citou o caso recente, ocorrido em Minas Gerais, em que um idoso veio a óbito depois que o vereador Wladimir Canuto (Avante) invadiu a Sala Vermelha de uma Unidade Básica de Saúde, no município de Felício dos Santos. Também foram citados casos de parlamentares de São Paulo que tiveram condutas semelhantes, caso do vereador de Jundiaí Leandro Basson (PL) e do vereador da capital, Lucas Pavanato (PL).

“Esse modus operandi não contribui em nada com a melhoria da saúde da população. Pelo contrário, prejudica o atendimento médico e coloca os pacientes em risco”, declarou o coordenador, ao reafirmar que os conselhos regionais de medicina são os órgãos que têm a prerrogativa de fiscalizar as unidades, em ações técnicas, que respeitam as normas sanitárias e os profissionais que atuam nos locais. Em caso de irregularidades, reforçou, elas são apuradas e penalizadas.

“Não vamos tolerar a exposição e a incitação a violência contra médicos que estão na linha de frente para cuidar da população”, finalizou o representante do Cremesp.

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