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CPMI do INSS rejeita convocação de Lulinha após pressão da base governista

Requerimento para ouvir filho do presidente Lula, apresentado pelo partido Novo, foi derrotado em votação nominal nesta quinta-feira

CPMI do INSS rejeita convocação de Lulinha após pressão da base governista
CPMI do INSS rejeita convocação de Lulinha após pressão da base governista
Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha. Foto: Reprodução
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A CPMI do INSS rejeitou, nesta quinta-feira 4, o requerimento que pedia a convocação de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, para prestar esclarecimentos à comissão. 

A solicitação, apresentada pelo partido Novo, estava na pauta após decisão do presidente do colegiado, senador Carlos Viana (Podemos-MG), que havia prometido votar cada requerimento separadamente para registrar a posição de cada congressista. O placar final foi de 19 votos contrários e apenas 12 favoráveis.

O pedido do Novo argumentava que movimentos financeiros analisados pela comissão indicariam possível vínculo entre operadores das fraudes e o filho do presidente Lula (PT). A sigla mencionou o caso do dirigente petista Ricardo Bimbo, que recebeu mais de 8,4 milhões de reais de uma empresa investigada e, no mesmo período, quitou um boleto destinado ao contador de Lulinha.

O requerimento derrotado era assinado pelos parlamentares Marcel van Hattem (RS), Eduardo Girão (CE), Adriana Ventura (SP) e Luiz Lima (RJ). O grupo defendia que a comissão avançasse sobre eventuais conexões políticas do empresário.

A votação desta quinta repetiu o comportamento da base aliada em outras tentativas de convocação de figuras ligadas ao presidente da República. Em outubro, governistas já haviam derrubado o pedido para ouvir José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão de Lula, que integrava a direção do Sindnapi, entidade citada no esquema de fraudes. Assim como Lulinha, ele não estava implicado diretamente nas investigações. 

A articulação da base do governo também conseguiu retirar da pauta, por acordo, solicitações de quebra de sigilo do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi, responsável pela pasta quando as suspeitas de irregularidades vieram à tona, e adiou a primeira tentativa de convocar Jorge Messias, advogado-geral da União indicado por Lula ao Supremo Tribunal Federal.

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