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CPI deve enquadrar Bolsonaro em crime de responsabilidade e prevaricação, diz Renan

Crimes de responsabilidade podem motivar processos de impeachment

O senador Renan Calheiros (MDB-AL). Foto: Pedro França/Agência Senado
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O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro deve ser enquadrado em crime de responsabilidade e prevaricação pela condução da pandemia e irregularidades na compra de vacinas. As declarações foram dadas em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira 9. A informação é do jornal O Globo.

“A perspectiva é que no caso do presidente da República, no andamento da investigação, ele seja enquadrado em crime de responsabilidade, ele e outros agentes públicos”, afirmou Calheiros. Cabe ressaltar que são os crimes de responsabilidade que podem motivar processos de impeachment.

O relator disse ainda ter provas suficientes da prevaricação do presidente no caso Covaxin, em que ele foi informado de corrupção e irregularidades pelos irmãos Miranda e não agiu para conter os crimes.

“Acho que já há comprovação do crime de prevaricação. Não há nenhuma dúvida. Estamos avançando para recolher suas digitais na negociação da Covaxin, que era a única vacina que Bolsonaro queria. Ele estava pedindo para comprar 20 milhões de doses da Covaxin, enquanto negava 170 milhões de doses da OMS, da Pfizer e do Butantan”, destacou o senador.

Além do presidente, o parlamentar afirma que o relatório final irá enquadrar outros agentes públicos, servidores e empresários envolvidos nas negociações de imunizantes ou na gestão da pandemia. Segundo Calheiros, o filho do presidente, senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), deve ser um destes alvos.

“Ele [Flávio Bolsonaro] fez uma confissão na CPI de que estava fazendo advocacia administrativa, ao dizer que levou o dono da Precisa ao BNDES”, justificou Calheiros.

A comissão de inquérito ouve nesta semana três depoentes: o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR); o coronel da reserva Hélcio Bruno, do Instituto Força Brasil, envolvido na negociação entre Davati e governo federal; e Jailton Batista, representante da farmacêutica Vitalmedic, fabricante do ineficaz ‘kit covid’.

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