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CPI da Covid vai investigar quem autorizou jogadores argentinos a entrar em campo

Segundo o alto escalão da Conmebol houve um acordo com autoridades brasileiras para que os jogadores participassem do jogo

CPI da Covid vai investigar quem autorizou jogadores argentinos a entrar em campo
CPI da Covid vai investigar quem autorizou jogadores argentinos a entrar em campo
O senador Randolfe Rodrigues. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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A CPI da Covid vai investigar quem autorizou os jogadores argentinos a entrarem em campo no domingo 5 contra o Brasil, em partida pelas eliminatórias Sul-americanas. O jogo foi suspenso por agentes da Anvisa para impedir que quatro jogadores argentinos que chegaram ao País sem cumprir a quarentena disputassem a partida.

O vice-presidente da Comissão, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciou que vai encaminhar à CBF, via CPI, um requerimento para buscar saber de onde partiu a liberação para que os jogadores entrassem em campo, descumprindo a regra sanitária.

“Vamos enviar requerimento à CBF, através da CPI da Pandemia, solicitando resposta para o seguinte: – Com quais autoridades o Governo Brasileiro fez “acordo” para burlar as regras sanitárias da ANVISA?”, escreveu o senador no Twitter.

“Nos interessa muito menos a questão do futebol. Nos interessa demais saber quais foram as autoridades brasileiras que constituíram eventual acordo que tenha ocorrido burla às normas sanitárias do nosso país”, disse o senador em entrevista à Globonews. Caso não receba as informações, a Comissão analisará a possibilidade de convocar para depor alguém da CBF ou Anvisa.

A informação dada pelo alto escalão da Conmebol é que houve um acordo com autoridades brasileiras para que os jogadores participassem da partida mesmo sem ter cumprido a quarentena. Os jogadores Emiliano Martínez, Buendía, Cristian Romero e Giovani Lo Celso teriam passado pela Inglaterra, antes de chegar ao Brasil e, pelas regras sanitárias, teriam de ficar em quarentena de 14 dias na chegada.

O documento oficial da Anvisa sobre a partida mostra que um membro da delegação argentina, Fernando Ariel Batista, teria falsificado os documentos dos quatro jogadores argentinos.

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