A CPI da Covid no Senado Federal, que vai investigar o governo de Jair Bolsonaro na condução da pandemia, já tem à sua disposição provas de 11 vezes em que o executivo federal recusou a compra de imunizastes.
Segundo divulgou o jornalista Octávio Guedes, do G1, todas as negativas podem ser provadas com documentos. A atitude sempre foi a mesma: ignorar as ofertas.
Primeiro foi o caso da Coronavac, oferecida pela Instituto Butantan. Há três ofícios assinados pelo diretor da instituição, Dimas Covas, oferecendo o imunizante. Nenhum recebeu resposta.
Como os documentos não tinham um retorno, o Butantan realizou três videoconferências com integrantes do Ministério da Saúde para fazer a oferta. Nada andou.
Há ainda mais três ofertas formais feitas pelo laboratório Pfizer em 2020, quando a farmacêutica oferecia 70 milhões de doses para serem entregues até dezembro. Todas elas ignoradas.
Há também duas vezes em que o governo se recusou a participar do consórcio da Covax Facility. De acordo com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, o Brasil só aderiu no terceiro convite para aquisição de 212 milhões de doses.
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