O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), confirmou nesta terça-feira 29 que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o ex-secretário-executivo da pasta Élcio Franco voltaram ao foco da comissão.
Segundo Randolfe, em entrevista à GloboNews, a projeção é de que a CPI colha um novo depoimento de Pazuello “após o mês de julho, quando avançar no conjunto das investigações”. Já Élcio Franco pode ser convocado para uma nova oitiva devido a uma declaração do senador Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo Bolsonaro no Senado, nesta terça-feira 29.
No início da sessão da CPI, Bezerra pediu a palavra para afirmar que Bolsonaro, ao ser informado pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) sobre possível fraude nas tratativas pela vacina Covaxin, teria alertado o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. O general, então, teria dado início a um processo de averiguação interna.
“Diante do encontro relatado pelo deputado federal Luis Miranda, o presidente da República entrou em contato com o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em 22 de março de 21, segunda-feira, a fim de solicitar a realização de uma apuração preliminar acerca dos fatos relatados. Ato contínuo, após a ordem do presidente da República, o ministro determinou que o então secretário-executivo, Elcio Franco, realizasse uma verificação prévia dos indícios de irregularidades, ilicitudes apontados”, disse Bezerra.
Os próximos passos da CPI, de acordo com Randolfe, preveem o aprofundamento da investigação do ‘caso Covaxin’ e “de outros elementos que já chegaram à CPI”.
“Além do depoimento de Ricardo Barros, temos o requerimento de convocação do ministro Onyx [Lorenzoni] e estamos cogitando a convocação do embaixador do Brasil na Índia, para que ele possa declinar o inteiro teor das visitas ocorridas por parte dos reprsentantes da Precisa em Nova Dhéli entre janeiro e fevereiro deste ano”.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login