CartaExpressa

Corte orçamentário no Ministério da Cidadania é de 96%, alerta Tebet

Senadora acusou desmonte de políticas sociais: ‘Mais poderia se chamar de Ministério do Auxílio Brasil’

A senadora Simone Tebet (MDB-MS), em entrevista coletiva do grupo de transição. Foto: Reprodução
Apoie Siga-nos no

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) acusou o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) de ter feito um desmonte nas políticas públicas do Ministério da Cidadania, segundo informações do Grupo de Trabalho sobre Desenvolvimento Social e Combate à Fome da equipe de transição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com a parlamentar, que integra o núcleo temático, houve um corte de 96% do orçamento do Ministério da Cidadania para o ano que vem. Segundo ela, o orçamento aplicado em 2022 esteve voltado majoritariamente para o pagamento do Auxílio Brasil e do auxílio-gás.

“Mais poderia se chamar de Ministério do Auxílio Brasil”, afirmou Tebet, em coletiva nesta quinta-feira 1.

A senadora afirmou que políticas públicas dedicadas à geração de emprego, renda, qualificação e garantia de cestas de alimentos e cisternas “ficaram no segundo plano”, por conta do que considerou “falta de vontade política”.

Tebet declarou que há necessidade de liberação de 70 bilhões de reais extras para manter o pagamento dos 600 reais, somado aos 150 reais por criança de até seis anos. Além disso, ela incluiu mais 2 bilhões de reais para o auxílio-gás e 2,6 bilhões para o SUAS, Sistema Único de Assistência Social.

De acordo com a ex-ministra Márcia Lopes, o orçamento previsto para o ano que vem é insuficiente para o primeiro mês de mandato.

“A partir de janeiro do ano que vem, nós não teremos mais condições de atender os municípios, de atender a população brasileira, nem 10 dias, com 48 milhões de reais por 5.570 municípios desse país”, completou a ex-ministra .

O GT de Desenvolvimento Social é um dos mais de 30 núcleos temáticos da equipe de transição. Os conjuntos entregarão relatórios  em 11 de dezembro, para formar um documento único a ser entregue a Lula. O informe final recomendará políticas públicas e revogações de medidas estabelecidas por Bolsonaro.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.