Causou comoção nas redes sociais nesta segunda 29, boatos da suposta morte da pessoa que deu vida ao Coronel Siqueira, um personagem do Twitter que ganhou fama ao satirizar o bolsonarismo.
Uma postagem do site Diário do Centro do Mundo atribui a criação do personagem a um homem chamado Sergio Liotte, que teria morrido na manhã desta segunda vítima de uma pancreatite
Siqueira, porém, segue vivíssimo. Em conversa com CartaCapital, a pessoa por trás do perfil diz ter sido pega de surpresa com a história. E que sequer conhecer o homem apontado como criador do personagem. “Não tenho a menor ideia do que aconteceu. O cara que morreu deve ter dito que era o coronel e acreditaram.”
Ainda segundo a postagem do DCM, Liotte teria compartilhado a gestão dos perfis com outras pessoas. Daí a explicação para o volume de postagens. O Siqueira em vida nega. “Sou só eu, sempre fui uma pessoa só.” E ironiza: “Estão tentando me convencer seriamente de que eu não sou eu.”
Há mais pontas soltas. Ao DCM, a viúva de Liotte disse que o rosto do personagem seria de um tio, morto em 2018. “O rosto do Siqueira era o do meu tio, comunista doente, falecido em 2018 quando essa Bozo já tinha sido eleito. Tributo a um assistente social que trabalhou por 40 anos em creches municipais de SP” Não é verdade. O rosto do Coronel Siqueira foi gerado no This Person Does Not Exist, um site que, como o nome já diz, gera rostos humanos que não existem por meio de inteligência artificial.
Quem confirma é o próprio Coronel Siqueira, em um e-mail enviado a CartaCapital em março passado. Clique aqui para ler os textos publicados por ele.
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