CartaExpressa

Contenção de danos: Michelle e Damares devem visitar venezuelanas após fala de Bolsonaro

A ideia é, segundo campanha de Bolsonaro, minimizar o impacto negativo das declarações do ex-capitão sobre visita a refugiadas ocorrida no ano passado

Contenção de danos: Michelle e Damares devem visitar venezuelanas após fala de Bolsonaro
Contenção de danos: Michelle e Damares devem visitar venezuelanas após fala de Bolsonaro
Foto: Divulgação
Apoie Siga-nos no

A primeira-dama Michelle Bolsonaro e a ex-ministra e senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF) devem visitar venezuelanas que vivem na comunidade em São Sebastião, no Distrito Federal). A informação é do Jornal Folha de São Paulo.

A ideia é, segundo campanha de Bolsonaro, minimizar o impacto negativo das declarações do ex-capitão sobre visita a refugiadas ocorrida em abril do ano passado. Na data, o presidente afirmou ter visto “menininhas bonitas de 14, 15 anos” e que “pintou um clima”.

Em entrevista a um podcast, o presidente afirmou ter encontrado as meninas após parar a moto, ter ‘pintado um clima’ e então pedido para visitar a casa delas – local que segundo ele, seria uma espécie de prostibulo para menores de idade. Na manhã deste domingo 16, o fato foi desmentido por uma mulher venezuelana, que preferiu não se identificar mas provou estar presente e disse que ocorria uma ação social no local.

Também neste domingo, durante comício em Fortaleza, Damares Alves discursou a apoiadores  e defendeu que “estão acusando o nosso presidente de uma coisa horrível. Bolsonaro tem que ser reeleito pela proteção de nossas crianças”. Nas redes, a campanha bolsonarista tem promovido anúncios com a frase “Bolsonaro NÃO é pedófilo”.

Com a repercussão negativa do caso, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) e o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) acionaram o Supremo Tribunal Federal pedindo que o caso seja investigado. Ambos questionam por que Bolsonaro não tomou providências e as reais intenções por trás da fala “pintou um clima”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo