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Conselho Federal de Economia endossa críticas a Bolsonaro e pede isolamento social
Entidade diz que medidas são necessárias ‘independentemente de seus efeitos sobre a economia’
O Conselho Federal de Economia (Cofecon) soltou uma nota na terça-feira 23 em que endossa a carta divulgada na última sexta-feira 20 por integrantes do mercado financeiro, ex-ministros e economistas com críticas ao presidente Jair Bolsonaro.
O texto, assinado pelo presidente da entidade, o professor Antonio Corrêa de Lacerda, lembra que as medidas propostas pelos economistas são defendidas pela Cofecon desde o início da pandemia, em março de 2020.
“Questionamentos trazidos pelos empresários, como a necessidade de medidas de isolamento social, também vêm ao encontro daquilo que o Cofecon defende, independentemente de seus efeitos sobre a economia”, diz a nota.
O presidente Bolsonaro mudou o discurso sobre a vacina contra a Covid-19, mas continua militante contra o isolamento social, defendido por cientistas neste momento crítico da pandemia no Brasil.
“Temos alertado a sociedade brasileira quanto à premência e urgência de políticas públicas de saúde, renda básica e principalmente que não há uma dicotomia entre combate à crise sanitária e economia. Pelo contrário, quão logo debelada a pandemia melhor para a recuperação da atividade econômica”, acrescenta a nota da Cofecon
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