CartaExpressa

Conselho de Ética da Câmara arquiva processo contra Da Cunha, acusado de violência doméstica

O parlamentar foi acusado de agredir e ameaçar a ex-namorada, no ano passado

Conselho de Ética da Câmara arquiva processo contra Da Cunha, acusado de violência doméstica
Conselho de Ética da Câmara arquiva processo contra Da Cunha, acusado de violência doméstica
Dep. Delegado da Cunha (PP - SP) Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados
Apoie Siga-nos no

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu, nesta quarta-feira 15, arquivar um processo disciplinar contra o deputado Delegado Da Cunha (PP-SP), acusado de violência doméstica contra a sua ex-namorada, a nutricionista Betina Grusieck, em 2023.

Por 13 votos a 5, os membros do colegiado decidiram apenas recomendar a aplicação de censura verbal ao parlamentar, com base em uma conversa telefônica em que propôs acordo à ex-sogra para encerrar a investigação.

A pena de censura é a mais branda prevista no Código de Ética da Casa e deverá ser aplicada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em sessão plenária.

As decisões seguiram um parecer preliminar sobre o caso, apresentado pelo deputado Albuquerque (Republicanos-RR), que avaliou não haver “relação entre os fatos imputados e o desempenho do mandato”.

A representação contra o parlamentar foi redigida pelo PSOL, que pedia a sua cassação por suposta quebra de decoro parlamentar. A sigla sustentou que condutas envolvendo a suposta violência doméstica violam deveres parlamentares e desonram a imagem da Câmara.

Da Cunha é réu na Justiça de São Paulo desde outubro de 2023. O Ministério Público de São Paulo acolheu a denúncia contra o parlamentar pelo entendimento de que o parlamentar ameaçou, agrediu e causou danos materiais à Betina. Da Cunha nega as acusações.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo