O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul revogou, nesta sexta-feira 19, os títulos honoris causa concedidos aos generais Artur da Costa e Silva e Emílio Garrastazu Médici, que presidiram o País durante a ditadura militar. A medida foi aprovada com 48 votos a favor e uma abstenção.
Costa e Silva governou o Brasil de 15 de março de 1967 a 31 de agosto de 1969 e recebeu o título em 1967; Médici, presidente entre 30 de outubro de 1969 e 15 de março de 1974, foi agraciado com o honoris causa em 1970.
O projeto Vozes da Ditadura, ligado à universidade, parabenizou os historiadores envolvidos na decisão. “Os títulos de Professor/a e Doutor/a Honoris Causa devem ser concedidos a cidadãs/ãos inspiradoras/es e entusiastas do livre pensar que respeitem os direitos humanos.”
Para o grupo, “essa decisão significa que neste 2022 não há lugar para homenagens a regimes de força e seus protagonistas”.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login