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Conselho da Petrobras aprova pagar dividendos de R$ 43 bilhões a acionistas; FUP vai à Justiça

A federação projeta ‘processar cada conselheiro’ pela medida avalizada nesta quinta-feira 3

Conselho da Petrobras aprova pagar dividendos de R$ 43 bilhões a acionistas; FUP vai à Justiça
Conselho da Petrobras aprova pagar dividendos de R$ 43 bilhões a acionistas; FUP vai à Justiça
Foto: Agência Brasil
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O Conselho de Administração da Petrobras aprovou, nesta quinta-feira 3, o pagamento de cerca de 43,7 bilhões de reais em dividendos a acionistas. Os valores devem ser repassados em duas parcelas, em dezembro e janeiro.

O colegiado deliberou sobre o pagamento referente ao resultado do terceiro trimestre deste ano. A maioria decidiu pelo valor de 3,3489 reais por ação preferencial e ordinária.

Em nota, a Petrobras afirmou que “o dividendo proposto está alinhado à Política de Remuneração aos Acionistas”. Argumentou ainda que “a decisão de uso dos recursos excedentes para remunerar os acionistas se apresenta como a de maior eficiência para otimização da alocação do caixa”.

Horas antes do anúncio, a Federação Única dos Petroleiros e a associação representante dos acionistas minoritários da Petrobras informaram que protocolarão uma ação judicial contra a gestão da companhia e os conselheiros.

“A FUP e a Anapetro questionarão judicialmente eventual aprovação de novos dividendos e processarão cada conselheiro por tal medida”, disse o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar. “Só com os dividendos deste terceiro trimestre, de cerca de 50 bilhões de reais, daria para comprar de volta as refinarias Rlam e Six e concluir as obras da Abreu Lima, do Comperj, da UFN-3, reabertura da Fafen-PR e ainda sobraria dinheiro para outros investimentos”, acrescentou, em referência a unidades de refino, petroquímica e fertilizantes.

Já o presidente da Anapetro, Mário Dal Zot, declarou que, “de forma absurda, a nova política de dividendos da Petrobras permite pagamentos trimestrais com saque, inclusive, na conta reserva de lucros, o que implica redução do Patrimônio Líquido da empresa, como aconteceu no segundo trimestre do ano”.

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