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Conselho da Meta, dona do Facebook, aponta que plataforma errou ao não tirar do ar conteúdo golpista no país

Órgão independente analisou vídeos que incitaram ataques antidemocráticos e concluiu que a empresa violou as suas próprias regras; a Meta também comanda o Instagram e o WhatsApp

Ação golpista em Brasília em 8 de janeiro. Foto: Ton Molina/AFP
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O Conselho de Supervisão da Meta – empresa de tecnologia responsável por Facebook, Whatsapp e Instagram – afirmou que a plataforma cometeu um erro ao não retirar do ar vídeos que incitavam os ataques antidemocráticos em Brasília, no 8 de Janeiro. Além disso, o conselho admitiu que não cumpriu regras internas de proibição de incitação à violência. As informações, publicadas nesta quinta-feira 22, são da jornalista Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de S. Paulo.

“[A Meta] não fez o suficiente para combater o potencial abuso de suas plataformas por meio de campanhas coordenadas como as que vimos no Brasil”, afirmou o conselho de supervisão da empresa. O órgão é independente, mas financiado pela Meta, e analisa decisões sobre moderação de conteúdo nas plataformas Facebook e Instagram

“A remoção deste conteúdo e outros similares é necessária e proporcional para proteger o direito dos brasileiros ao voto e a participar na vida pública”, observou o conselho, fazendo referência a um vídeo, no dia 3 de janeiro deste ano, no qual um general indicava que, como última alternativa após a posse de Lula (PT) na presidência, o Congresso deveria ser sitiado. O conteúdo, que não tinha sido retirado do ar, teve mais de 18 mil visualizações.

Usuários chegaram a denunciar o conteúdo do vídeo, mas, após ser analisado por um moderador, a plataforma concluiu que o vídeo não violava as regras. A Meta só começou a retirar conteúdos dessa natureza, efetivamente, no dia 9 de janeiro, após os ataques golpistas. 

“Este caso gera preocupações sobre a eficiência dos esforços de integridade eleitoral da Meta na eleição do Brasil em 2022 e em outros locais”, disse o conselho.

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