O jornalista José Carlos Bernardi foi exonerado, nesta quarta-feira 17, do cargo de assessor do deputado estadual Campos Machado (Avante-SP) na Assembleia Legislativa de São Paulo, após fazer afirmações de cunho antissemita no Jornal da Manhã, da Jovem Pan News. A informação é da Folha de S.Paulo.
Ao jornal, Bernardi disse que tomou a decisão de pedir exoneração e que o deputado “não tem nada a ver com isso”. Em nota, Campos Machado disse que respeita “o inalienável direito de opinião de qualquer cidadão”, mas, “em face da gravidade da opinião emitida por meu assessor, e tendo em vista os excelentes laços de amizade e respeito que tenho com a comunidade judaica, não poderia deixar de manifestar meu repúdio ao comentário, como o fiz ontem mesmo, tão logo tomei conhecimento da referida notícia”.
O Ministério Público de São Paulo apresentou uma investigação preliminar sobre as declarações de Bernardi. O procedimento será conduzido pela promotora Maria Fernanda Balsalobre Pinto, que comanda o Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais de Intolerância.
A declaração veio durante programa na terça 16, em diálogo com a comentarista Amanda Klein. Ela disse desejar que o Brasil chegue ao desenvolvimento econômico da Alemanha, ao que Bernardi respondeu: “É só assaltar todos os judeus que a gente consegue chegar lá. Se a gente matar um monte de judeus e se apropriar do poder econômico deles, o Brasil enriquece. Foi o que aconteceu com a Alemanha pós-guerra”.
Em comunicado, Bernardi pediu desculpas por “usar um triste fato histórico para comparar as economias brasileira e alemã”. Afirmou ainda que não teve como “intenção ofender a ninguém, a nenhuma comunidade, é só ver o contexto do raciocínio”.
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