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Comando das comissões no Congresso será definido apenas no final de fevereiro

Falta de acordo entre os partidos dificultou definição dos nomes antes do Carnaval

Comando das comissões no Congresso será definido apenas no final de fevereiro
Comando das comissões no Congresso será definido apenas no final de fevereiro
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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O comando das comissões temáticas da Câmara e do Senado deverão ser anunciados apenas no final de fevereiro. A expectativa, diz o site Metrópoles, é de que a lista seja fechada no dia 27, na semana seguinte ao Carnaval.

A falta de acordo entre os partidos, em especial PT e PL, fez com que o anúncio dos nomes não pudesse ser concretizado antes do feriadão. As legendas disputam cadeiras consideradas essenciais para o novo governo. PT quer ocupar o cargo para facilitar caminho de Lula no Congresso, enquanto PL pretende usar as cadeiras para travar as proposições do mandatário.

Os dois principais postos em disputa são Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) e da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Tanto PT, quanto o PL, alegam o tamanho da bancada na Câmara para advogar pelos espaços. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), atua diretamente no desembaraço dos nós, mas ainda não conseguiu articular um acordo. Não por acaso, o anúncio do comando das comissões está atrasado.

No primeiro caso, um acordo parece mais longe de ocorrer. A comissão é quem apura as contas dos ministérios e pode, inclusive, convocar ministros para dar explicações aos parlamentares. As oitivas costumam gerar desgastes ao Executivo.

Já na CCJ, que analisa a constitucionalidade dos projetos apresentados e pode ditar o ritmo das votações no Congresso, a tendência é que o PT receba o posto no primeiro ano e depois passe o cargo ao PL em 2024.

Há ainda impasses em quem irá ocupar a Comissão Mista de Orçamento e a Comissão de Meio Ambiente. No segundo caso, o bolsonarista Ricardo Salles chegou a ser apontado por aliados do ex-presidente como cotado ao posto. Mas, recuou. Ele foi alvo de processos ambientais que culminaram na sua saída do antigo governo. O grupo voltado ao agronegócio também deve ser alvo de disputas.

As disputas também estão enroladas no Senado. Por lá, partidos sequer encontraram o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) de forma oficial para formalizar os pedidos por cargos. Uma cadeira, porém, é dada como certa: Davi Alcolumbre (União Brasil) deverá ser mantido na CCJ da Câmara Alta.

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