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Com novos ataques ao STF, Bolsonaro ‘eriça sentimentos’ e ‘não colabora para harmonia’, diz Temer

Nesta semana, o ex-capitão retomou a ofensiva contra ministros Alexandre de Moraes e Luis Roberto Barroso, vinculando-os à campanha do PT

O ex-presidente Michel Temer. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O ex-presidente Michel Temer (MDB), que chegou ao poder após o golpe de 2016, afirmou que a nova ofensiva do presidente Jair Bolsonaro contra ministros do Supremo Tribunal Federal não é “útil”. O ex-capitão interrompeu a suposta trégua mediada pelo emedebista após o 7 de Setembro.

Nesta semana, Bolsonaro retomou os ataques aos ministros Alexandre de Moraes e Luis Roberto Barroso, vinculando-os à campanha do PT ao Palácio do Planalto. O presidente acusou os magistrados de cassar “liberdades democráticas” para beneficiar a candidatura de Lula e disse que Barroso entende de “terrorismo”.

“Quem é que esses dois pensam que são? Quem eles pensam que são? Que vão tomar medidas drásticas dessa forma, ameaçando, cassando liberdades democráticas nossas, a liberdade de expressão?”, perguntou, em entrevista a um site bolsonarista. “Eles têm candidato. Os dois, nós sabemos, são defensores do Lula, querem o Lula presidente.”

À CNN Brasil, Temer disse nesta quinta que “mencionar nomes não me parece que seja útil, é algo que eriça os sentimentos das pessoas e não colabora para harmonia dos Poderes”. O emedebista emendou: “Espero que o presidente, que há três meses não mencionava nomes de ministros do Supremo, leve em conta essa circunstância e possa voltar ao sistema que ele mesmo adotou nos últimos três meses.”

Partiu de Temer, em 9 de setembro do ano passado, a redação de uma carta em que Bolsonaro recuava de ataques e ameaças dirigidas especialmente a Alexandre de Moraes. O emedebista também intermediou um telefonema entre o ex-capitão e o ministro do STF.

“Fiz uma coisa modestíssima: colaborar com o cumprimento da Constituição Federal, que determina a harmonia entre os Poderes”, declarou Temer nesta quinta. “O que se revelou naquele momento é que o povo está cansado dessas agressões violentas.”

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