O presidente Jair Bolsonaro (PL) usou parte de sua transmissão ao vivo nas redes sociais nesta sexta-feira 18 para estabelecer mais uma comparação entre seu governo e uma hipotética gestão de Fernando Haddad (PT) – os dois disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2018.
Bolsonaro retomou o discurso negacionista, ao rejeitar a adoção de medidas recomendadas por especialistas para conter a disseminação da Covid-19, como o distanciamento social e, nos momentos mais agudos da crise sanitária, o lockdown.
“O que a gente está vendo aqui é como se tratou a pandemia. Se fosse o Haddad no meu lugar, como estaria o Brasil? Logicamente teríamos um lockdown nacional”, disse o ex-capitão na live.
Ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o presidente também atacou a autonomia concedida pelo Supremo Tribunal Federal a estados e municípios para, em conjunto com o governo federal, executarem ações de controle da disseminação do novo coronavírus.
“Vejo Assembleias Legislativas votando a proibição do passaporte da vacina. Se um prefeito do seu estado quiser adotar o passaporte, ele pode fazer”, reclamou Bolsonaro. “Eu, por exemplo, por mim não existe passaporte, porque, se eu desejar, por decreto, passo a exigir. Mas não vou fazer isso. Os governadores podem agravar aquilo que eu decidir. Se o governador não exigir, o prefeito faz valer, se quiser.”
Nesta sexta, o Brasil chegou a 643.029 mortes por Covid-19, 1.127 delas nas últimas 24 horas, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde. A média móvel de óbitos, que leva em consideração os dados dos últimos sete dias, é de 840. Já a média móvel de casos é de 110.479.
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