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Ciro e Cid Gomes viram alvo da Polícia Federal no Ceará

Investigações apuram supostas fraudes cometidas na construção do estádio Castelão entre 2010 e 2013

Ciro e Cid Gomes viram alvo da Polícia Federal no Ceará
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A Polícia Federal cumpre na manhã desta quarta-feira 15 mandados de busca e apreensão contra os pedetistas Ciro e Cid Gomes por supostos desvios nas obras do estádio Castelão, no Ceará, entre 2010 e 2013.

Além dos pedetistas, os mandados têm como alvo outras 14 pessoas. As suspeitas investigadas são de ‘fraudes e pagamentos de propinas nas licitações para obras’ do estádio.

“As investigações tiveram início no ano de 2017, sendo identificados indícios de esquema criminoso envolvendo pagamentos de propinas para que uma empresa obtivesse êxito no processo licitatório da Arena Castelão [entre 2010 e 2013]”, informa a PF em nota. “Apurou-se indícios de pagamentos de 11 milhões de reais em propinas diretamente em dinheiro ou disfarçadas de doações eleitorais”, acrescenta em outro trecho.

A operação foi autorizada pelo juiz Danilo Dias Vasconcelos de Almeida. O magistrado é conhecido por ter tomado diversas decisões polêmicas e controversas ao longo de sua carreira.

Entre as mais conhecidas está a decisão de novembro deste ano em que absolveu um homem que negou o holocausto e culpou judeus pela pandemia da Covid-19 e pela peste negra. Na ocasião, Dias Vasconcelos disse que a ‘opinião’ emitida pelo homem não era racista e nem poderia ser considerada como crime de ódio, mas sim ‘liberdade de expressão’. Para ele, as ofensas proferidas poderiam ser comparadas às opiniões de quem não acredita que o homem foi à Lua.

Em outra decisão, em 2018, o mesmo juiz também mandou soltar sete agentes da Polícia Civil do Ceará acusados de integrarem um grupo criminoso responsável por roubar, torturar e extorquir pessoas. Na ocasião, o magistrado entendeu que o afastamento das funções seria suficiente.

Dias Vasconcelos também ficou conhecido por dar voz de prisão, em 2017, a um servidor do Detran cearense que não conseguiu emitir um documento por o sistema estar fora do ar. O magistrado chamou a polícia e conduziu o atendente até a delegacia para prestar esclarecimentos.

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