O secretário especial de Cultura do governo Bolsonaro, Mario Frias, ameaçou processar jornalistas por chamá-lo de otário e fascista ao criticar a condução de suas ações frente à pasta.
As manifestações se deram em torno de um parecer técnico da Fundação Nacional das Artes, a Funarte, vinculada à pasta de Frias, que barrou o acesso a recursos públicos a um festival de jazz na Bahia. O documento vinculou à negativa o fato do evento se definir como antifascista. A justificativa foi dada em um texto carregado de frases religiosas.
A introdução do parecer negativo ao uso de recursos pelo festival aponta que “o objetivo e finalidade maior de toda música não deveria ser nenhum outro além da glória de Deus e a renovação da alma”, atribuída a Johann Sebastian Bach.
O jornalista Bob Fernandes reagiu ao parecer com uma postagem no Twitter. “A 9ª edição do Festival de Jazz do Capão, na Chapada Diamantina-BA, não terá o apoio da Lei Rouanet. Por em 2020 ter se manifestado contra o fascismo. Citando Deus, Sócrates e (pasmem!) o tal “Brasil Paralelo”, o Secretário da Cultura, Mario Frias, agiu como fascista”, escreveu.
Apos a publicação, Frias rebateu: “Nos vemos na Justiça, no processo por calúnia você explica por que eu sou fascista.”
A colunista do The Intercept, Fabiana Moraes, também criticou o documento, com base em um posicionamento de Frias nas redes sociais que dizia: “enquanto eu for Secretário Especial da Cultura ela será resgatada desse sequestro político/ideológico!”. A jornalista compartilhou a publicação do secretário e acrescentou: “”Um pouco de poder a um otário e…”.
Frias também reagiu à publicação: “Nos veremos na Justiça, com um processo de injúria”, escreveu.
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