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Castro usa biblioteca de escola como estúdio de gravação para a campanha
A lei eleitoral veda aos agentes públicos a utilização de bens do Estado em benefício dos candidato


O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), candidato à reeleição, utilizou a biblioteca de uma escola pública como estúdio de gravação para sua campanha eleitoral.
Na sexta-feira 12, o correligionário de Jair Bolsonaro reuniu estudantes do colégio estadual Amaro Cavalcanti, no Catete, e a diretora da unidade, Maria da Penha Lira, em uma roda de conversa. Durante a produção, segundo informações da Folha de S. Paulo, a diretora segurava uma autorização de uso de imagem para a campanha, que deveria ser assinada pelos participantes.
A lei eleitoral veda aos agentes públicos o uso de bens do Estado em benefício dos candidatos e a utilização de servidores para comitê de campanha.
Em nota ao jornal, a campanha de Castro afirmou ter seguido “todas as determinações do TSE durante a gravação do vídeo”. “Não houve interrupção de aulas nem do expediente dos professores e de profissionais de educação. A gravação, inclusive, foi realizada em um espaço isolado e sem uso naquele momento.”
A Secretaria da Educação também declarou, em nota, que as atividades escolares não foram interrompidas para a gravação e que a indicação dos estudantes foi feita pela assessoria de imprensa, como ’em qualquer filmagem’.
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