O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, classificou nesta quinta-feira 3, a operação da polícia no Complexo da Penha — que deixou 10 mortos e quatro feridos — como “bem sucedida”.
A declaração aconteceu durante a inauguração de um centro de saúde na favela do Pavãozinho. “Queria elogiar a polícia pela operação de ontem, que foi bem sucedida. Se teve algum erro, vamos abrir um processo legal para apurar se houve. Se ele [o policial] errou, terá uma punição dentro do tamanho do seu erro. Aqui a gente não criminaliza trabalhador”, disse o governador.
Castro ainda afirmou que será aberto um processo legal interno para apurar possíveis erros e que também já havia sido instaurada uma sindicância sobre o uso ou não de câmeras nos uniformes dos agentes que atuaram no conjunto de favelas.
A suspeita é de que o Batalhão de Operações Policiais Especiais da PM (Bope) e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, não utilizaram as câmeras corporais na operação.
O caso acontece depois de um mês do estado decretar a instalação dos equipamentos nas fardas, sob a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Já abrimos uma sindicância para entender quem estava, quem não estava e porque não estava. Mas a orientação é ter câmera, sim. Eu defendo sempre que operações com inteligência policial não podem ter. Mas operações rotineiras têm que ter. Estamos cobrando a polícia, e foi aberta uma sindicância”, afirmou Castro.
A Secretaria de Estado de Polícia Militar também explicou que “está em fase de elaboração uma resolução conjunta com a Secretaria de Estado de Polícia Civil” que irá regulamentar o uso das câmeras pelas forças especiais, após o governo ter enviado um novo cronograma de implantação ao STF.
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