CartaExpressa

Caso Marielle: Rivaldo Barbosa nega ter tido contato com os irmãos Brazão

Ex-chefe da Polícia Civil é acusado de ter utilizado seu cargo para dificultar a elucidação do crime e garantir a impunidade dos irmãos Brazão

Caso Marielle: Rivaldo Barbosa nega ter tido contato com os irmãos Brazão
Caso Marielle: Rivaldo Barbosa nega ter tido contato com os irmãos Brazão
Rivaldo Barbosa em depoimento à Câmara. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Apoie Siga-nos no

O delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, disse em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados que não teve influência nas investigações e que nunca teve contato com os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão.

“Eu não fiz nada. A única coisa que eu fiz foi indicar o delegado que prendeu o Ronnie Lessa, o delegado Giniton [Lages], com provas técnicas. Eu nunca falei com nenhum irmão Brazão, nunca falei com essas pessoas na minha vida. Eu não existo para eles, e eles não existem para mim”, disse.

O depoimento do ex-chefe da PC é no processo do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) na Câmara, que pode perder o cargo pelo suposto envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Rivaldo, que está preso, é acusado pela Polícia Federal de ter utilizado seu cargo para dificultar a elucidação do crime e garantir a impunidade dos irmãos Brazão.

De acordo com as investigações, o assassinato de Marielle começou a ser arquitetado pelos irmãos Brazão no segundo semestre de 2017. Os detalhes da trama foram revelados na delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, responsável pelos disparos que mataram a parlamentar.

Foi a colaboração do ex-PM que contribuiu para a elucidação do crime e a deflagração da Operação Munder Inc., responsável pela prisão de Chiquinho, Domingos e Rivaldo.

As investigações apontaram que o crime ocorreu para proteger interesses econômicos de milícias e desencorajar atos de oposição política de Marielle.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo