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Caso Mari Ferrer: corregedora abre processo contra juiz
Procedimento que envolve o magistrado Rudson Marcos tramitará em sigilo


A corregedora-geral de Justiça de Santa Catarina, Soraya Lins, informou nesta segunda-feira 14 que determinou a instauração de procedimento disciplinar, em caráter sigiloso, para apurar a atuação do juiz Rudson Marcos, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina TJ-SC), que esteve à frente do julgamento em que absolveu o empresário André de Camargo Aranha da acusação de estupro da influenciadora digital Mariana Ferrer.
A informação foi transmitida ao presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Helder Salomão (PT/ES).
“A jovem teve violados direitos previstos da Constituição e no Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos”, disse Salomão, que no início de novembro havia pedido providências à corregedora-geral da Justiça de Santa Catarina, Soraya Lins; ao corregedor-geral do Ministério Público Estadual, Ivens de Carvalho; ao ministro Luiz Fux, presidente do Conselho Nacional de Justiça; à corregedora nacional de Justiça, Maria Thereza de Assis Mouras; ao corregedor nacional do Ministério Público, Rinaldo Reis; e ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz.
No dia 3 de novembro, o CNJ também abriu um procedimento disciplinar para apurar a conduta do juiz Rudson Marcos.
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