A 16ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro indiciou a babá do menino Henry Borel, Thayna Oliveira Ferreira, por falso testemunho no caso da morte da criança. O indiciamento, feito no dia 22 de setembro, se refere ao seu primeiro depoimento, quando narrou uma suposta relação harmoniosa no apartamento em que a criança vivia. As informações são da Veja.
À revista, o delegado Leandro Gontijo afirmou que a babá ainda não foi ouvida em sede policial sobre o caso por não ter sido encontrada na ocasião em que foi feita uma intimação pessoal em seu apartamento, em Jacarepaguá. “No segundo depoimento ela disse a verdade. Ela mentiu no primeiro, na DP, e agora, na Justiça”, declarou Gontijo.
Nesta quinta-feira 7, durante a audiência de instrução do caso, a babá deu uma terceira versão sobre o caso à juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça fluminense. Thayná afirmou nunca ter visto o ex-vereador Dr. Jairinho agredindo o menino, o que contraria o depoimento anterior. A babá ainda disse ser manipulada por Monique Medeiros, a mãe de Henry, para que ela visse o padrasto da criança como alguém agressivo.
Em nota, a defesa de Thayná disse que, “certamente, ela não irá se furtar de suas responsabilidades quando for chamada para responder o procedimento”.
Monique e Jairinho foram denunciados em maio pelo Ministério Público do Rio por homicídio triplamente qualificado, impossibilidade de defesa da vítima, meio cruel e motivo torpe. O casal chegou a ser preso temporariamente em abril. Em maio, a prisão foi convertida em preventiva (sem prazo).
Um exame de necropsia concluiu que as causas do óbito de Henry, de 4 anos, foram hemorragia interna e laceração hepática (lesão no fígado), produzidas por uma ação contundente (violenta). Ele tinha outras lesões e hematomas pelo corpo.
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