Durante primeira audiência pública sobre o caso do menino Henry Borel, morto no dia 8 de março, a babá da criança mudou a versão dada à polícia anteriormente. Thayná Ferreira afirmou que nunca presenciou o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho, agredido o menino.
No momento em que deu o depoimento, a babá pediu para que a mãe do garoto, Monique Medeiros, deixasse a sala da audiência. “Depois de tudo que passei e vim observando, pensando, refletindo, hoje tenho medo da Monique”, disse. Segundo a babá, a mãe do garoto a manipulava para que ela visse no ex-vereador alguém agressivo.
“Ela vinha e tentava me mostrar um monstro no Jairinho e eu ficava com todas essas coisas ruins na minha cabeça”, completou.
Em uma primeira versão dada à Polícia, no primeiro semestre, Thayná disse que presenciou o padrasto agredindo a criança três vezes.
Mensagens de celular trocadas entre a babá e Monique, obtidas pela Polícia, mostram Thayná avisando que Jairinho havia se trancado no quarto com a criança. Após deixarem o ambiente, a babá narrou que a criança disse que o ex-vereador o teria puxado pelo braço e o dado uma rasteira.
Monique e Jairinho foram denunciados em maio pelo Ministério Público do Rio por homicídio triplamente qualificado, impossibilidade de defesa da vítima, meio cruel e motivo torpe. O casal chegou a ser preso temporariamente em abril e, em maio, foi convertida em preventiva (sem prazo).
Um exame de necropsia concluiu que as causas do óbito e Henry, de 4 anos, foram hemorragia interna e laceração hepática (lesão no fígado), produzidas por uma ação contundente (violenta). Ele tinha outras diversas lesões e hematomas pelo corpo.
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