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Carta divulgada por judeus associa Bolsonaro ao nazismo e ao fascismo

O documento, assinado por 260 intelectuais, diz que as coisas precisam ser chamadas pelo nome

O presidente Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP
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Uma carta assinada por 260 judeus associa o governo de Jair Bolsonaro com o nazismo alemão e o fascismo italiano. “É preciso chamar as coisas pelo nome”, diz o documento divulgado no domingo 30.

“Perspectivas conspiratórias e antidemocráticas produzem, tal qual o fascismo e o nazismo, inimigos e aliados imaginários”, diz a carta, que foi divulgada pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

Assinam o documento, entre outros, a cientista Natalia Pasternak, os historiadores Lilia Schwarcz, Íris Kantor e Michel Ghermen, a psicóloga Lia Vainer Schucman, os cineastas Pedro Farkas, Esther Hamburguer e Silvio Tendler, os advogados Pedro Abramovay e Fabio Tofic Simantob, a artista e educadora Edith Derdyk, e o sociólogo André Vereta-Nahoum.

Leia na íntegra

É preciso chamar as coisas pelo nome

É chegada a hora de nós, intelectuais, livres-pensadores, judeus e judias progressistas, descendentes das maiores vitimas  do regime nazista, posicionarmos, como atores sociais diante do debate público sobre o atual momento nacional. É perceptível que o governo encabeçado por Jair Bolsonaro tem fortes inclinações  nazistas e fascistas

É preciso chamar as coisas pelo nome.

Perspectivas conspiratórias e antidemocráticas produzem, tal qual o fascismo e o nazismo, inimigos e aliados imaginários.

Se não judeus, como o caso do Terceiro Reich, esquerdistas; se não ciganos, cientistas; se não comunistas, como na Itália fascista, feministas. A ideia de uma luta constante contra ameaças fantasmagóricas continua.

Porém há mais. As reiteradas reportações racistas e nazistas do governo Bolsonaro,  o uso de símbolos fascistas e referência à extrema-direita não podem deixar dúvidas.

O projeto de poder avança. Genocídio, destruição das estruturas democráticas do Estado e práticas eugênicas estão escancaradas. Cabe a nós  brasileiros e brasileiras impedir que cheguemos a uma tragédia maior.

O Fora Bolsonaro deve ser o chamado uníssono da hora. É o chamado contra o genocídio.

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